TDAH – desvendando os desafios da aprendizagem

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O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) se configura como um distúrbio neurobiológico que impacta significativamente a vida de milhões de indivíduos ao redor do mundo. Estima-se que entre 5% e 8% da população mundial tenha TDAH.

A Associação Brasileira do Déficit de Atenção, (ABDA), estima que o TDAH afeta cerca de 2 milhões de pessoas no Brasil. Caracterizado por desatenção, hiperatividade e impulsividade, o TDAH transcende os limites da infância e adolescência, acompanhando muitos indivíduos até a fase adulta. Russell Barkley, 2000.

Compreendendo as dificuldades

Segundo Thomas E. Brown, 2018, no contexto da aprendizagem, o TDAH se manifesta como um obstáculo desafiador. A desatenção dificulta a concentração em tarefas, a retenção de informações e o acompanhamento de instruções.

A hiperatividade, por sua vez, gera inquietação, movimentos excessivos e dificuldade em permanecer sentado por longos períodos.Já a impulsividade leva à tomada de decisões precipitadas, respostas sem reflexão e dificuldade em esperar pela sua vez.

A importância do diagnóstico precoce

O diagnóstico precoce do TDAH se revela de máxima importância para minimizar seus impactos negativos na aprendizagem e no desenvolvimento social e emocional do indivíduo.

Através de uma avaliação multidisciplinar, que envolve profissionais da saúde, educação e psicologia, é possível identificar os sintomas e determinar a gravidade do transtorno. NIMH-National Institute of Mental Health, 2020.

Consequências na aprendizagem

Para Barkley, 2010, as dificuldades impostas pelo TDAH podem acarretar diversas consequências no processo de aprendizagem, especialmente nos anos iniciais da vida escolar:

  • Dificuldades em acompanhar as aulas e absorver conteúdos;
  • Desempenho inferior nas avaliações;
  • Baixa autoestima e desmotivação;
  • Aumento da frustração e da ansiedade;
  • Dificuldades em se relacionar com os colegas e professores.

Perspectivas e possibilidades

Embora o TDAH não tenha cura, existem diversas abordagens terapêuticas que podem auxiliar no seu manejo, promovendo uma melhora significativa na qualidade de vida dos indivíduos, Amen, 2017.

Entre as principais estratégias, podemos destacar:

  • Terapia comportamental: visa modificar padrões de comportamento através de técnicas de reforço positivo e contingências. Sarvetas et al., 2017;
  • Medicação: o uso de medicamentos estimulantes pode auxiliar no controle dos sintomas, especialmente da desatenção e hiperatividade. Spencer et al., 2006;
  • Intervenções psicossociais: oferecem suporte emocional e orientação para o indivíduo e sua família, visando o desenvolvimento de habilidades de enfrentamento e adaptação ao transtorno. Elliot & Barkley, 2007.

Conclusão

A compreensão e o manejo do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) são essenciais para mitigar seus efeitos negativos na aprendizagem e no bem-estar emocional e social dos indivíduos afetados. Este transtorno, não se limita à infância e adolescência, persistindo muitas vezes até a idade adulta.

O diagnóstico precoce é fundamental, pois permite o início de intervenções terapêuticas adequadas. Uma abordagem multidisciplinar envolvendo profissionais da saúde, educação e psicologia é essencial para identificar os sintomas e determinar a gravidade do transtorno, abrindo caminho para estratégias de tratamento personalizadas.

Embora não haja cura para o TDAH, diversas abordagens terapêuticas, como terapia comportamental, medicação e intervenções psicossociais, têm demonstrado eficácia no controle dos sintomas e no apoio ao desenvolvimento de habilidades de enfrentamento e adaptação.

Portanto, é essencial reconhecer o TDAH como um desafio complexo que exige um olhar atento e individualizado. Investir em diagnóstico precoce e tratamento abrangente não só ajuda os indivíduos com TDAH a superar as dificuldades na aprendizagem, mas também os capacita a alcançar seu pleno potencial e construir uma vida plena e significativa.


Maurilio Jarduli é colunista do Blog GALILEU, atuou como Conselheiro Pedagógico por 15 anos, e é pós-graduado em Gestão Estratégica/Governança Corporativa – USP.

Referências

Amen, D. G. (2017). A ADHD brain: Visualizing the impact of inattention, hyperactivity, and impulsivity. Capo Press.

Barkley, R. A. (2000). Attention-deficit hyperactivity disorder (ADHD) in adults: A clinical handbook. Guilford Press.

Barkley, R. A. (2010). Managing ADHD in children: A parent’s complete guide. Guilford Press.

Brown, T. E. (2018). ADHD: Attention-deficit hyperactivity disorder. Guilford Press.

Elliot, S. N., & Barkley, R. A. (2007). Parenting intervention for ADHD: Research and clinical practice. Guilford Press.

NIMH. (2020). Attention deficit hyperactivity disorder (ADHD). National Institutes of Health. https://www.nimh.nih.gov/health/topics/attention-deficit-hyperactivity-disorder-adhd

Russell Barkley, R. A. (2000). Attention-deficit hyperactivity disorder (ADHD) in adults: A clinical handbook. Guilford Press.

Sarvetas, E., Barkley, R. A., & Berger, A. (2017). Cognitive-behavioral therapy for ADHD. Guilford Press.

**Spencer, T. J., Brown, T. E., Barkley,

 ABDA – Associação Brasileira do Déficit de Atenção (www.tdah.org.br).

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