A Urgência da Alfabetização Digital nas Escolas

O século 21 sem tecnologia é inconcebível.

Nos últimos 30 anos, a tecnologia mudou significativamente a forma como trabalhamos, vivemos e aprendemos.

A Geração Z (jovens nascidas de 1995 a 2010) são nativos digitais, pois desde cedo usam internet, redes sociais, sistemas móveis para se comunicar, brincar, ler, escrever etc.

Eles usam tecnologias em todos os lugares, na escola, na rua, na academia, em casa.

Não nos referimos apenas a laptops e computadores de mesa ou smartphones, mas queremos dizer que os computadores também podem ser encontrados em eletrodomésticos, automóveis, aviões, sistemas de segurança, elevadores, robôs e muitos outros dispositivos.

É verdade que não ensinamos aos alunos sobre esses dispositivos, porque é o tema da Ciência da Computação e, infelizmente, esse assunto não é introduzido nas escolas, pelo menos na maioria dos países, mas os alunos sabem que todos os dispositivos digitais são controlados por programas especialmente criados para esse fim.

Para David Nozadze e Shorena Abesadze, ambos PhD, University of Georgia-Tbilisi, as crianças nascem ansiosas para aprender.

Curiosos por natureza, elas querem saber como gerenciar dispositivos digitais, querem “olhar” programas e alterá-los ou criar novos.

Se considerarmos o caso mais simples, os alunos sempre pedem para ensiná-los a criar jogos, ou em outras palavras, ensiná-los a programar.

Criar jogos de computador requer mais do que apenas programação.

Estudantes interessados ​​e dedicados podem, de alguma forma, lidar com as questões finais, mas lidar com programação de forma independente é muito difícil para a idade deles.

Isso é natural porque a programação é considerada um dos principais desafios da ciência de computação.

Por outro lado, todos sabemos que a programação é uma das profissões que mais cresce no mundo.

De acordo com os United States Bureau of Labor Statistics, em 2020, tínhamos 1,4 milhão de empregos relacionados à ciência da computação disponíveis, com apenas 400.000 graduados na área, para preencher essas funções.

Estatísticas muito fascinantes para a futura profissão.

Franklin D. Roosevelt, ex-presidente dos Estados Unidos, disse uma vez: “não podemos sempre construir um futuro para nossa juventude, mas sempre podemos construir nossa juventude para o futuro”.

Fornecer aos alunos uma educação de alta performance significa ajudá-los a conectar o aprendizado com a vida real e provê-los com as habilidades necessárias buscarem o sucesso. David Nozadze e Shorena Abesadze – International Journal of Learning and Teaching.

Segundo a britânica Stephanie Shirley, de 84 anos, um dos ícones da tecnologia da informação da Inglaterra, crianças a partir de dois anos já deveriam ser apresentadas às ideias básicas por trás da programação. “Quanto mais cedo, mais fácil de assimilar“, disse em matéria publicada pela BBC Brasil, em 2017.

A necessidade de fornecer aos alunos uma educação de excelência e capacitá-los a lidar com os desafios do século 21, tecnologicamente desenvolvido, tornou-se uma questão premente.

Os alunos devem tentar se tornar desenvolvedores de conhecimento em vez de consumidores.

Está ficando cada vez mais claro que apenas o conhecimento teórico não é suficiente.

As empresas, muitas vezes, expressam decepção com os graduados recém-contratados porque eles não têm as habilidades para completar suas funções no local de trabalho. Por que? Porque os graduados têm apenas os conhecimentos teórico e não são capazes de obter sucesso. Isso significa que eles não têm habilidades para criar algo novo, para serem inovadores.

Neste caso, as empresas precisam estar dispostas a capacitá-los nos padrões de que necessita.

Pesquisadores renomados dizem que os 4Cs (criatividade e inovação, pensamento crítico – criticidade e resolução de problemas, comunicação e colaboração) são os requisitos essenciais para desenvolver “alunos globalmente competitivos”.

Portanto, os formuladores de políticas educacionais devem criar o sistema de acordo com essas necessidades e acrescentar ao cenário educacional atual. David Nozadze e Shorena Abesadze.

“O alfabetismo digital é a habilidade do século 21 e as crianças que não aprenderem hoje serão consideradas analfabetas no futuro”, afirma à BBC Brasil Stephanie Shirley, na mesma semana em que recebeu o título de Honourable Lady (Dama Honrada) das mãos da rainha Elizabeth 2ª, no Palácio de Buckingham, em Londres.

No Brasil, o ensino de informática não faz parte do currículo escolar obrigatório.

Estamos atrás de países como Finlândia, Austrália, Inglaterra, Japão, Estônia e Índia (desde 2002, a partir do 8º ano) onde crianças com 6 e 7 anos de idade já entram em contato com os fundamentos de codificação. Apud Adriana Stock, BBC Brasil.

Mitchel Resnick, Professor do MIT e cocriador do Scratch, plataforma gratuita utilizada para ensinar crianças a programar, afirma: “somos grandes defensores de crianças aprendendo a programar/codificar, mas temos preocupações sobre as motivações e métodos não muito claros em muitas dessas novas iniciativas de aprendizado”.

Muitos deles, motivados pela escassez de programadores e desenvolvedores de software na indústria, concentram-se, especialmente, na preparação de alunos para cursos e carreiras de ciência da computação, e normalmente introduzem a codificação como uma série de quebra-cabeças lógicos para os alunos resolverem, acrescenta Resnick.

Para nós, da Scratch Foundation, a codificação não é um conjunto de habilidades técnicas, mas um novo tipo de alfabetização e expressão pessoal, valioso para todos, assim como aprender a escrever.

Resnick diz: “vemos a codificação como uma nova maneira de as pessoas organizarem, expressarem e compartilharem suas ideias”.

Então, o que é programação?

A definição da Khan Academy diz: “programação é o processo de criar um conjunto de instruções que informam a um computador como realizar uma tarefa”.

Alguns programadores descrevem a programação como o processo de codificação de um algoritmo em uma notação que pode ser executada por um computador.

Essas definições são bastante gerais, mas se perguntarmos: “como criar um conjunto de instruções que seja compreensível para a máquina?” ou “o que é um algoritmo e como criá-lo?” Responder a essas perguntas nos ajudará a entender a essência da programação.

A programação é realmente uma habilidade complexa, aprende-la e fortalecê-la neste campo não é uma tarefa muito fácil.

O desenvolvimento de um programa envolve várias etapas para concluir, como qualquer tarefa de resolução de problemas.

Há pelo menos cinco etapas principais a serem desenvolvidas no processo de programação: definir e analisar o problema, planejar a solução, codificar o programa, testar e avaliar o programa.

Essas etapas são descritas como ligeiramente diferentes em diferentes recursos, mas a ideia principal é que escrever um programa é um processo bastante sofisticado.

Como resultado, aprender programação não é tão fácil.

Anos atrás, todos pensavam que programação deveria ser aprendida apenas por pessoas talentosas, especiais, com uma forte mente analítica e lógica, mas agora é apresentada como uma habilidade importante para os alunos do século 21 e está se tornando um componente-chave de muitos currículos, mesmo nas escolas primárias.

Então, qual é o benefício de ensinar as crianças a programar?

Pode-se supor que, durante o processo de programação o aprendiz melhora todas as habilidades que já mencionamos em 4C?

Vamos começar com a vantagem mais simples, que é óbvia e não requer muitas evidências: os cursos básicos de codificação nas escolas proporcionam aos alunos a experiência de criar seus próprios sites.

Os alunos gostam de criar webs usando HTML e CSS (isso é fácil para eles), mas eles querem muito mais – usar JavaScript para adicionar automação, animações e interatividade à web.

Uma outra vantagem, provavelmente, será a capacidade de resolução de problemas e tomada de decisão de maneira independente.

A codificação incentiva os alunos a adquirir novas habilidades que podem ajudá-los a resolver vários problemas da vida real.

Os alunos desenvolvem a capacidade de superar as dificuldades, de não desistir e alcançar o objetivo.

Por exemplo, no processo de codificação, ao testar o programa, os alunos podem obter resultados incorretos e não conseguir avançar, mas eles podem voltar e tentar novamente.

Esta abordagem para testar o programa repetidamente até o momento de ter sucesso será extremamente útil para eles e isto fará diferença em suas vidas no futuro.

A codificação, também, melhora a criatividade: experimentando, as crianças aprendem e fortalecem seus cérebros. Mesmo quando cometem um erro na codificação, eles aprendem.

A criatividade faz parte do processo de aprendizagem porque, quando tentam resolver um problema, usam a imaginação, o conhecimento, o background e a experiência para encontrar uma solução.

Quando aprendem uma língua, usam-na para se expressar. A mesma coisa acontece ao aprender a codificar.

A codificação permite que as crianças não sejam apenas consumidoras de mídia digital e tecnologia, mas também que as criem.

Em vez de simplesmente jogar jogos diferentes ou usar aplicativos, eles podem imaginar como estão criando seus jogos ou sites da maneira que desejam e terão a oportunidade de implementar seus desejos e ideias.

A crença tradicional sempre foi difundida na comunidade de que crianças interessadas em codificação devem ter fortes habilidades matemáticas.

No entanto, de acordo com vários pesquisadores, parece que a ideia oposta também pode ser verdadeira: a codificação pode ajudar os alunos a melhorar as habilidades matemáticas e tornar o aprendizado de matemática mais envolvente e divertido.

Compreender conceitos matemáticos abstratos pode ser um desafio para muitas crianças.

Professores e especialistas em tecnologia podem usar a programação para ajudar as crianças a visualizar conceitos matemáticos abstratos.

Diz-se que a codificação é uma linguagem universal.

Sabemos que aprender um novo idioma melhora as habilidades de comunicação e raciocínio lógico dos alunos, bem como as habilidades verbais e escritas.

Aprender um novo idioma ajuda as crianças a entender melhor o mundo ao seu redor.

Aprender a codificar faz o mesmo.

Cada caractere que podemos digitar no teclado tem uma representação especial.

Esses caracteres (0’s e 1’s) dão as ideias para os alunos entenderem como a tecnologia funciona e opera.

A melhor maneira de nossas crianças entenderem como a tecnologia se comunica conosco é ensiná-las a codificar.

Quando o aluno aprende a codificar, é um processo semelhante ao de aprender uma nova linguagem.

Não importa onde você esteja no mundo, se o aluno conhece alguma linguagem de programação, ele será capaz de se comunicar com outras pessoas, e isso é maravilhoso.

Considerações Finais

O sistema educacional do século passado foi construído para a economia e a sociedade que não existe mais.

Na sociedade que existia há 50 anos, bastava ensinar aos alunos leitura, escrita e aritmética.

Na sociedade desenvolvida pela tecnologia, não serão suficientes após 10-15 anos, quando as crianças de hoje terminarem a faculdade.

Se queremos que nossas crianças sejam competitivas nesta sociedade global, precisamos também desenvolver seus “Quatro Cs”. Como?

É necessário mudar a dinâmica da sala de aula no Brasil.

Muitos educadores, em especial dos países citados acima, já perceberam que devem se esforçar em construir um aprendizado baseado em problemas, projetos e soluções, se quiserem incorporar os “Quatro Cs” em suas práticas na sala de aula.

Metodologias ativas é uma excelente opção para esse novo mundo digital, onde o aluno se torna protagonista de seu próprio aprendizado.

Se quiser conhecer melhor esse tema “metodologias ativas”, você pode fazê-lo por aqui mesmo, no Blog do GALILEU.

Um grande abraço e até o próximo!

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